Conceito de Dadaísmo

         O Dadaísmo surgiu no ano de 1916 em Zurique, destacando-se por quebrar todos os conceitos tradicionais artísticos da época, e tendo como principal objetivo o modo de protestar e rejeitar todos os valores instituídos pelas artes e pela sociedade. Por isso os dadaístas pregavam exclusivamente o absurdo e a antiarte justamente por produzirem obras fora do comum.

         Segundo Tristan Tzara, o líder dadaísta, a palavra "dadá" simplesmente não possui um significado específico, apenas foi encontrada casualmente. Caracterizando-se por ser um movimento de vários manifestos e sendo considerado “o mais radical movimento intelectual dos últimos tempos”, como afirma o livro de Dietmar Elger: Dadaísmo.

        O Dadaísmo está diretamente ligado ao contexto da Primeira Guerra Mundial,apresentando na maioria das vezes em seus manifestos provocações que nem sempre apresentam coerência e organização gramatical. Entretanto tudo isso era intencional, pois a maneira de expor os trabalhos dadaístas tinha esse requisito, de manifestar-se com jeito escandaloso e sem sentido, comparado como um movimento simplesmente infantil.

       Neste movimento, também conhecido como Niilista ( ausência de respostas concretas), vale destacar os artistas como: Marcel Duchamp, François Picabia, Max Ernest e Man Ray, que são alguns dos artistas que mais influenciaram  nesta época.

      Mesmo existindo por um tempo curto, este movimento se estendeu em diversas cidades como Zurique, Berlim, Hamover, Colónia, Nova Iorque e Paris, envolvendo assim, diferentes pensamentos e ideias que ainda continuam no mundo, servindo como referência para uma geração mais jovem. Após receber muitas críticas e causar uma revolução na história da arte este movimento de Vanguarda chamado Dadaísmo, termina no ano de 1922.

 

 

 

 

 

 

Vídeos

        Foi em um café em Zurique, em 1916, onde era permitido recitar poemas, que o movimento dadá  surgiu. Depois do início da I Guerra Mundial, esta cidade havia se convertido em refúgio para gente de toda a Europa. Ali se reuniram pessoas de várias escolas como o cubismo francês, o expressionismo alemão e o futurismo italiano. Isto confere ao dadaísmo a particularidade de não ser um movimento de rebeldia contra uma escola anterior, mas de questionar o conceito de arte antes da I grande guerra.

       Não se sabe ao certo a origem do termo dadaísmo, mas a versão mais aceita diz que ao abrir aleatoriamente um dicionário apareceu a palavra dada, que significa cavalinho de brinquedo e foi adotada pelo grupo de artistas.                                               

       O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico, antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e como a absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior. Os adeptos deste movimento promovem uma mudança, a espontaneidade, a liberdade da pessoa, o imediato, o aleatório, a contradição, defendem o caos perante a ordem e a imperfeição frente à perfeição.                                                                   

      Os dadaístas proclamam a antiarte de protesto, do escândalo, do choque, da provocação, com o auxílio dos meios de expressão oníricos e satíricos. Baseiam-se no absurdo, nas coisas carentes de valor e introduzem o caos e a desordem em suas cenas, rompendo com as antigas formas tradicionais de arte.                                                                

      Escolhemos estes dois vídeos do Dadaísmo, retirados do Youtube, devido a apresentarem de forma simples e concreta como essa vanguarda surgiu e explicando como ela foi trabalhada pelos críticos dadaístas desta época. 

                                                          

Vídeo 1: www.youtube.com/watch?v=32loLe1g8uw

 

Vídeo 2: www.youtube.com/watch?v=FzIsUizAnZg 

 

 

Entrevista

A Recepção em 2014 do Dadaísmo:

      Foram entrevistadas doze pessoas com o objetivo de se obter qual é a visão da sociedade sobre este movimento, mais especificamente suas obras. Foram apresentadas aos entrevistados algumas fotos de pinturas ou construções dadaístas e feitas algumas perguntas. Todas as doze pessoas, demonstraram certo conhecimento sobre arte, mas o mais interessante das respostas foi a sinceridade das pessoas ao falarem sobre tais obras.

      No Brasil, atualmente, a sociedade não se interessa mais pela arte como antigamente. Uma pena, pois a arte traz conhecimento ao receptor, informação, cultura, atualização, e o mais importante o sentimento que o autor tenta transmitir em suas obras.

      Na entrevista feita pelos integrantes do grupo, é perceptível notar que uma das obras ganhou mais atenção dos entrevistados.  A autora desta obra é Hannah Höch, que fez um quadro fascinante, chamado “Incisão Com Faca de Cozinha”. Quarenta e sete por cento dos entrevistados se impressionaram com o estilo de obra dadaísta, que por muitos não era conhecido. A obra chamou atenção por apresentar várias pinturas juntas em apenas um quadro, e também por mostrar traços de uma guerra. Alguns dos entrevistados acharam que Adolf Hitler estava entre as imagens do quadro.

      A segunda obra que mais se destacou foi “O Fruto da Longa Experiência”, de Max Ernst, criada em 1919. O quadro aparenta ser em 3D, apresentando ferramentas e diversos tons de cores. A obra que ficou em terceiro lugar foi “O Culpado Ainda é Desconhecido”, de George Grosz, onde a maioria dos entrevistados declarou que não é um quadro que chama a atenção do público, não transmite nenhum sentimento e há imagens sem nexo.

      Todas as obras apresentadas aos entrevistados são de uma época diferente, onde os artistas demonstravam o que sentiam, ou algo do fruto da sua imaginação. O importante desta reportagem foi perceber que a sociedade ainda tem noção da importância das obras em nosso cotidiano.